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Veganismo: o estilo de vida livre de exploração animal

Segundo a Sociedade Vegana Brasileira (SVB), o termo veganismo existe desde 1944. Ele foi criado a partir da palavra “vegetarian”, utilizando as três primeiras letras e as três últimas. Com objetivo de evitar a exploração animal, o movimento abomina produtos que tenham utilizado animais durante sua confecção; sejam eles alimentos, maquiagens, produtos de limpeza ou roupas. Apesar de comumente confundidos, o veganismo diferencia-se do vegetarianismo por ser mais amplo. É, na verdade, um estilo de vida e vai além da opção por alimentar-se de proteína animal ou não. Muitos defendem que o veganismo é uma filosofia de vida e o movimento ganhou até uma data: 1º de novembro, Dia Mundial Vegano.

O que é veganismo para você?

O universitário Felipe Bratfisch começou a se interessar pelo vegetarianismo por volta dos 13 anos. Ele conta que, durante a infância, viveu algum tempo no sítio dos avós, o que lhe garantiu uma proximidade grande com os animais. Bratfisch já havia diminuído o consumo de carne por não agradar o seu paladar, porém, a decisão pelo vegetarianismo veio a partir do momento em que tomou consciência da origem da carne que consumia. Daí, foram dois anos até o veganismo, e segundo ele, a questão ampliou-se: era mais do que uma luta contra o massacre de animais, mas pela libertação de toda a sociedade – animais humanos e não-humanos.

“Eu acredito que não é apenas parar de comer, vestir e consumir produtos de origem animal, mas também evitar utilizar mão de obra escrava, porque assim como os animais, nós humanos também sofremos e somos explorados, e eu não concordo com a exploração dos demais animais, nem da minha própria espécie”, conta.

A jornalista Mariana Dandara também começou pelo ovo-lacto-vegetarianismo, há 4 anos, parando apenas com o consumo de carnes. Assim como Felipe, ela teve forte influência de pessoas que já eram veganas ao optar por não consumir mais os derivados. “Eu percebi que não fazia sentido aquilo, já que eu havia parado de consumir carne por conta da crueldade, mas a produção de leite e derivados era tão cruel quanto”.

A percepção de que não só a indústria de carne causava sofrimento foi um fator determinante na vida da gerente Lidiane Oliveira, que teve o amor aos animais como a principal motivação ao aderir ao ovo-lacto-vegetarianismo e, posteriormente, ao veganismo. Para ela, tornar-se vegana foi mais complexo, pois ia além do não consumo de carne, exigindo uma maior atenção não só aos alimentos que podem conter ovos ou leite, mas também em todos os outros produtos que consome, incluindo roupas e cosméticos.

 

Apesar disso, não pensa em voltar atrás. “A partir do momento que você tem acesso às informações, pra mim, você tem que fazer uma escolha: você se omite e continua fazendo parte daquilo, ou que você não quer fazer parte daquilo e, portanto, vai fazer algo diferente do que sempre fez”.

Texto: Ana Letícia Lima e Rafaela Galvão

Vídeo: Caroline Luppi

Infográficos: Caroline Luppi

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